LEITURA: Evangelho de Lucas…
1:3,4 – 4:1-12 – 5:16 – 6:27-31 – 9:1,2,49,50 – 12:15,31 – 14:33 – 16:9,13,18 – 19:8,9 – 20:21
* 1:3,4
Lucas, o médico, buscou informações minuciosas sobre a vida e obra de JESUS e de Seus apóstolos, antes de se pôr a escrever este Evangelho, bem como o livro de Atos dos Apóstolos, que também foi escrito por ele (AT. 1:1).
Embora não fosse um dos doze apóstolos escolhidos por JESUS (MC. 3:13-19) não obstante, era companheiro de Marcos e ambos, companheiros de Paulo (CL. 4:14; 2 TM. 4:11; FM. 24). Ainda que nem Marcos e nem Lucas fossem apóstolos, eram, todavia, discípulos de JESUS, e conviveram entre os apóstolos, o que lhes proporcionou e facilitou a escrita dos livros de Marcos e de Lucas.
* 4:1-13
Na ocasião do batismo de JESUS, o ESPÍRITO SANTO O encheu e O conduziu para o deserto, para ser tentado pelo Diabo. Ali no deserto, após jejuar quarenta dias e quarenta noites, o Diabo tenta levar JESUS a “provar que É o Filho de DEUS”, tentando fazê-lO duvidar do que Lhe foi dito no momento de Seu batismo (MT. 3:17). JESUS, porém, não cede a essa provocação, citando as Sagradas Escrituras e mostrando que a Palavra de DEUS é tão (ou mais) essencial à vida humana quanto o próprio pão, que é o alimento mais básico.
Para cada assédio do Diabo, JESUS tinha nos lábios (e também no coração) um texto das Escrituras, e foi pelas Escrituras que JESUS venceu o Diabo.
Se o próprio JESUS usou as Escrituras para derrotar Satanás, certamente que cada cristão deve fazer o mesmo, não julgando que pode, sem a Palavra de DEUS, derrotá-lo.
* 5:16
JESUS tinha por costume retirar-se e ficar sozinho para orar. Este exemplo certamente deve ser seguido por todos aqueles que O seguem, pois a melhor forma de ter um tempo de qualidade com DEUS, é estando a sós com ELE. E não apenas isso, mas buscar estar livre de quaisquer distrações (celulares, ou qualquer coisa que possa provocar uma distração). Ao nos apresentar diante de DEUS para nosso momento “em particular com ELE”, se possível levemos apenas a Sua Palavra.
* 6:27-31
Aqui temos uma série de realizações que são totalmente sobrenaturais, isto é, é impossível realizá-las sem estar sob o domínio do ESPÍRITO SANTO.
Amar nossos inimigos, orar por quem nos calunia e persegue, fazer o bem a quem nos odeia, oferecer a outa face, quando feridos, dar nossas vestes a quem quiser tirá-las de nós, em lugar de lutar por elas… Nada disso é possível pela força natural do homem, mas é necessário que estejamos sob o controle do ESPÍRITO SANTO a fim de que tais coisas sejam possíveis em nossa vida.
* 9:1,2, 49, 50
O Evangelho do Reino tem como foco a “edificação da Igreja de CRISTO” – MT. 16:18, onde cada cristão, cada discípulo é membro desse Corpo – 1 CO. 12:12-28, pois a Igreja é o Corpo de CRISTO. Acontece, porém, que “onde estiverem dois ou três reunidos em Seu Nome, ali o SENHOR JESUS está”, e não apenas no lugar onde eu ou você estamos reunidos (MT. 18:20). Pensar que somente este ou aquele grupo é a Igreja, é um erro crasso, é uma total falta de discernimento do que seja o Corpo de CRISTO.
* 12:15,31
Outra característica da vida cristã é a “fuga da avareza”, é a busca por uma vida simples, sem luxo, buscando acima de tudo o Reino de DEUS.Em nossos dias, em que as pessoas têm sido levadas a “ter” antes de “ser”, ou seja, a possuir coisas, e usar pessoas, quando deveriam “ter” pessoas e “usar” coisas, essa Palavra de DEUS se torna essencial, pois devemos fugir da avareza. Precisamos entender que o SENHOR não mede alguém pela quantidade de bens que possui, e sim pelo que é e também pelo quê e para quem tem vivido (vs.16-21).
* 14:33
Para sermos verdadeiros discípulos de JESUS, é necessário renunciar a tudo o que temos, todos os nossos bens, projetos, sonhos, vontades e nossa própria vida. Isso não significa, é claro, que tenhamos que doar tudo que temos e tirar a própria vida, pelo contrário, significa que temos que colocar todas as coisas à disposição do SENHOR JESUS, reconhecendo que ELE, e não nós, É o legítimo dono daquilo que está em nossas mãos e que, portanto, devemos gerir todas as coisas de acordo com a vontade e propósito dELE. Nosso tempo, nossa energia, nossa força, nosso intelecto, nossa vida… tudo é DELE.
Temos nós consciência disto?
Como estamos usando todas essas coisas?
Estamos buscando cooperar com o projeto do SENHOR, ou tentando realizar os nossos? Estamos aplicando na Sua Casa, ou na nossa? Reflitamos nas palavras do profeta Ageu (AG. 1:2-11).
* 16:9,13,18
O SENHOR JESUS mostra, aqui, o que deve ser feito com os bens e riquezas em nossas mãos: conquistar pessoas (amigos) para o Reino Eterno (v.9). Ao mesmo tempo, ELE mostra que, se não O servimos com “nosso dinheiro”, então estamos servindo a Mamon (o demônio da avareza, que impulsiona o homem a desejar mais do que precisa).
Se o dinheiro em nossas mãos ou em nosso poder não está sendo usado para levar pessoas ao SENHOR JESUS, certamente está nos levando a servir Mamon, e as riquezas terão feito de nós seus escravos (v.13).
É interessante percebermos que JESUS colocou esse tema (riquezas) juntamente com o assunto do casamento, afirmando que “qualquer que repudiar seu cônjuge e casar novamente está adulterando”.
Isso deveria nos levar a refletir sobre o que está em Tiago 4:4, pois a Palavra de DEUS afirma de maneira contundente que “a amizade do mundo é inimizade contra DEUS”, mais que isso, mostra que a amizade do mundo nos torna adúlteros, pois ou agradamos a DEUS, ou ao “mundo”.
O mesmo se dá com o que fazemos com “nossas posses”. A quem servimos? Temos consciência que o termo “adulterar” tem o mesmo sentido de “corromper”, e que o termo “corromper” significa “mudar o propósito original”?
Portanto, somos também adúlteros ao usar o que temos de forma diferente daquela que DEUS idealizou ou quis. Isso é muito forte!
* 19:8,9
Poucos conhecem a história de Zaqueu, o publicano. Ele era um “chefe dos publicanos”, e era rico. Os publicanos, para quem não sabe, eram judeus contratados por Roma para cobrar impostos de seus concidadãos, e normalmente eram mal vistos porque “cobravam mais do que lhes era ordenado por Roma”, fazendo disso sua fonte de lucro (LC. 3:12,13).
Ao receber JESUS em sua casa, Zaqueu decide repartir metade de seus bens com os pobres e, além disso, decide “restituir” quatro vezes mais o que tomou a mais das pessoas. Esta é uma atitude genuína de quem realmente conhece e segue a JESUS; todo o mal feito no passado deve, sempre que possível, ser desfeito, corrigido (HB. 12:13).
Dívidas devem ser pagas, pessoas ofendidas devem ser procuradas para se pedir perdão… Isso é o resultado da ação do Espírito Santo no cristão.
* 20:21
Por fim, a exemplo de nosso Mestre, devemos ensinar “com verdade” O Caminho de DEUS (JO. 14:6) não nos deixando influenciar pela aparência das pessoas, pois O SENHOR não vê o que está diante de nossos olhos, pois vê o coração e a intenção das pessoas – (1 SM. 16:7; HB. 4:12; MT. 9:4).
Logo, ao falar do Evangelho, não devemos olhar a aparência das pessoas, quer para agradá-las, quer para temê-las ou mesmo menosprezá-las. A todos devemos tratar de igual forma, sempre com respeito e com amor.